Lívia   maio 03, 2017   244 views

Na espera da confirmação de uma segunda temporada de El Exorcista e quase gravando a nova temporada de La Ciencia de lo Absurdo, Alfonso Herrera falou conosco sobre a estreia, na Netflix, do filme El Elegido e da nova temporada da série Sense8. Também confessou, entre outras coisas, porque considera o diretor Luís Estrada um profeta e porque Amar te Duele continua “doendo” 15 anos depois da estreia. “Na foto da minha identidade ainda tenho os cabelos louros de Amar te Duele. Sempre que vou ao aeroporto e mostro, me dizem ‘Porque a matou?’. Muita gente me diz que já está na hora de mudar a foto”.

Você teme que seu personagem em Sense8 ( que forma um casal com Miguel Ángel Silvestre) diminua o êxito que você tem entre o público feminino? 
“Esse tipo de coisa é uma questão de morbidade. Eu trato de ser profissional, dar o melhor de mim em qualquer papel e não prestar atenção nesse tipo de opinião. Inclusive, o propósito da série é eliminar esse tipo de morbidade”.

Como você encara, como ator, as cenas íntimas com Miguel Ángel Silvestre?
“Simplesmente são duas pessoas que estão demonstrando amor, independente do sexo de quem compõe esse casal”.

Você foi objeto de muitas especulações nesse sentido, você é do tipo que contesta quando te atacam nas redes sociais? 
“Raramente, só quando tem a ver com futebol”.

Qual a mentira mais absurda que você leu sobre você?
“Disseram que vai haver um reencontro de RBD não sei quantas vezes. Também me juntaram com pessoas que não tenho relação e fingiram brigas com pessoas que eu me dou bastante bem”.

Em El Exorcista é o público que sofre. Na vida real, o que te da medo? 
“Os governantes que temos nesse País; é terrível”.

Se você tivesse que dirigir o governo do México, você o faria como uma comédia ou tragédia?
“Às vezes dá vontade de rir e outras de chorar. Faz pouco tempo falei com o diretor de La dictadura perfecta sobre como parece que pegaram o filme, se nutriram e utilizaram as coisas que aparecem lá. É como se Luis Estrada fosse a Bíblia do que está acontecendo agora. Foi uma espécie de profeta. Você assiste o filme e ri, mas de uma maneira perigosa, porque você ri da realidade do seu País e de como governam ele”.

Apesar de estar de um lado para o outro trabalhando, você sempre volta para o seu País, porque?
“Eu trabalhei muito para construir algo aqui e não quero deixá-lo”.

Com tantas viagens, você se considera cidadão do mundo?
“Sou mexicano”.

O que você acha da frase: vou assistir o filme só porque aparece Poncho Herrera? 
“Seja bem-vindo! Se estão assistindo, está maravilhoso. Quando estava fazendo a obra Nadando con Tiburones, foi justamente no ano em que Demián Bichir estava nominado ao Oscar; então muita gente ia só para vê-lo. No final, se surpreendiam porque, além de cumprir o objetivo, aproveitavam uma boa história”.

Alguma vez você já esqueceu uma fala?
“Sim, no teatro é horrível. Foi nessa obra. Estava fazendo uma cena com Ana de la reguera, ela me deu o pé e me deu um branco. Eu olhei para ela durante uns segundos e ela abria e fechava os olhos dizendo: como posso te ajudar? Eu reagi em cinco segundos, mas pareceu uma hora.

Sente falta de cantar?
“Não, ainda continuo cantando no chuveiro”.

Você é bom nisso?
“Sou entonado”.

A fama custa caro ou causa vício?
“Eu acho que não. A vejo como um trabalho; vou, checo meu cartão e no final do dia saio e volto para minha família”.

Como está sendo isso de ser pai? 
“Sou feliz, estou feliz. É a montanha russa mais incrível que eu subi. Desde que meu filho chegou tudo gira em torno dele e é maravilhoso. Isso sim, sobre dormir nem falamos…”

O que você quer ser quando envelhecer?
“Quero não perder a fome de continuar aprendendo e fazendo coisas novas. É o único que peço a qualquer energia superior”.

Você acredita em Deus?
“Sim, mas de uma maneira bem pessoal e particular”.

A mais esperada

A segunda temporada de Sense8, escrita y produzida pelas irmãs Wachowski e J. Michael Strazcynski, estreia 5 de maio.

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